O coreano e o japonês apresentam diversas semelhanças em sua origem e gramática, especialmente no uso de partículas.
A semelhança entre o dialeto de Jeju e o japonês, os intercâmbios culturais entre a península coreana antiga e o Japão, e os resultados de análises de DNA permitem conjecturas sobre a relação linguística entre as duas línguas.
No entanto, conclui-se que são necessárias pesquisas e evidências adicionais para afirmar definitivamente que a origem do japonês é o coreano.
Ⅰ Introdução
O coreano e o japonês são considerados línguas com similaridades, devido à longa história e interação cultural mútua. No entanto, as discussões sobre suas origens e estruturas ainda são controversas. Este estudo investiga a "origem do coreano e do japonês", quais são as "similaridades entre o coreano e o japonês", e através de uma "comparação das similaridades no uso de partículas de acordo com os morfemas no coreano e no japonês", pretendemos analisar quais são as semelhanças gramaticais e expressivas entre as duas línguas.
Ⅱ Desenvolvimento
a. Origem do coreano e do japonês
1. Teoria da família de línguas altaica-nibirítica: Outros pesquisadores argumentam que o coreano e o japonês pertencem à família de línguas altaica-nibirítica, enfatizando similaridades morfológicas como o idioma sibaco-aínuo.
2. Teoria da família de línguas malaio-polinésia: Algumas teorias sugerem que a origem do coreano e do japonês está na família de línguas malaio-polinésia, mas essas afirmações geralmente são controversas.
3. Teoria da influência do chinês antigo: No caso do japonês, há quem argumente que ele foi influenciado pelo chinês antigo, e considerando o contexto histórico do Japão e sua interação com a China, essa afirmação teórica pode ser válida.
4. Teoria da imigração: Existe também a teoria de que o desenvolvimento do coreano e do japonês é resultado da imigração e intercâmbio cultural, especialmente a proximidade geográfica entre a península coreana e o Japão pode ter promovido essa imigração e intercâmbio.
5. Teoria da família de línguas mongol-turca: Alguns linguistas argumentam que o coreano e o japonês estão relacionados às línguas da família mongol-turca, apresentando isso com base em similaridades lexicais e gramaticais.
b. Similaridades entre o coreano e o japonês
O coreano e o japonês são considerados línguas com muitas similaridades percebidas pelas pessoas, sendo especialmente conhecido que o dialeto de Jeju e o japonês são muito semelhantes. Essas similaridades são encontradas no japonês que possui uma entonação semelhante ao sotaque de Gyeongsang na Coreia.
Historiadores e linguistas levantam a hipótese de que os coreanos transmitiram sua cultura ao Japão ou que a classe dominante do Japão antigo era coreana. Além disso, há especialistas que afirmam que o coreano é a origem etimológica do japonês. Além disso, há resultados de análises de DNA que mostram que os genes dos japoneses na região de Kyushu são semelhantes aos dos coreanos.
Considerando esses fatos, podemos dizer que a afirmação de que o Japão foi, no passado, uma espécie de "útero" da península coreana e a "pátria" de sua colônia é válida. Por outro lado, a origem etimológica do coreano e do japonês vem do coreano da península coreana, e o coreano é um tipo de língua chinesa continental. Isso tem uma trajetória de migração linguística semelhante à dos anglo-saxões que migraram para a Grã-Bretanha. O Dr. Mark Hudson argumenta que os agricultores transmitiram a língua, e ele acredita que a forma original do japonês veio dos agricultores da antiga península coreana. Isso sugere que a rota de propagação das técnicas agrícolas coincide com a rota de propagação da língua.
Além disso, existem resultados de pesquisas sobre a similaridade entre o goguryeo da antiga península coreana e o japonês. Considerando essas evidências, podemos concluir que a origem etimológica do japonês está no coreano.
Além disso, o coreano e o japonês são línguas geograficamente próximas e apresentam similaridades lexicais. No entanto, existem diferenças na gramática, vocabulário e pronúncia. O coreano pertence à família de línguas coreanas, enquanto o japonês pertence à família de línguas japonesas. Ambas as línguas são baseadas em parte nos caracteres chineses, mas usam os caracteres de maneira diferente. A gramática do coreano e do japonês são ambas aglutinantes, em que os verbos funcionam como prefixos, seguindo a ordem sujeito-objeto-verbo (SOV). Além disso, ambas as línguas são de foco temático, e o sujeito costuma ser omitido. No caso de formas honoríficas, ambas as línguas possuem sistemas de formas honoríficas sofisticados e multicamadas, e as formas honoríficas são distinguidas pelas terminações verbais.
Com base nos resultados da pesquisa do professor Kiyoshí Shimizu, da antiga Universidade de Kumamoto, e de sua aluna, a professora Ming-mi Park, da Universidade de Indústria de Kyushu, o livro "Você é coreano!" (あなた(あなた)は韓国人!), que defende a similaridade linguística entre o coreano e o japonês, argumenta que o coreano e o japonês compartilham a mesma origem etimológica em termos linguísticos, que podem ser considerados o DNA cultural dos dois países. O método de trabalho é transcrever o coreano e o japonês em letras romanas e, em seguida, separar as raízes e os afixos para esclarecer a similaridade das raízes. Mostra-se que as palavras que parecem ter pronúncias diferentes também têm a mesma origem etimológica, através das leis fonéticas. Por exemplo, "ibagu" e "iwaku" podem ser interpretados como perda de consoantes palatais. Além disso, descobriu-se que 5.000 palavras básicas no coreano e no japonês têm a mesma raiz.
c. Comparação das similaridades no uso de partículas de acordo com os morfemas no coreano e no japonês
O coreano e o japonês têm muitas similaridades no uso de partículas de acordo com os morfemas, e os exemplos são resumidos da seguinte forma.
Partículas que indicam o número de substantivos: Existe uma partícula que indica o sujeito de um substantivo, como 'i/ga', 'eun/neun'. Coreano: "este livro", Japonês: "この本" (kono hon).
Partículas que indicam mudanças em substantivos ou pronomes: Quando um substantivo muda dependendo do estado ou localização, uma partícula é usada para complementar o significado. Coreano: "na escola", Japonês: "学校へ" (gakkou e).
Adicionar partículas após substantivos: Ambas as línguas adicionam partículas após substantivos para completar as frases.
Coreano: "comer uma maçã", Japonês: "りんごを食べる" (ringo o taberu).
Partículas que indicam posse: Partículas que indicam posse são usadas, como 'de'.
Coreano: "nossa casa", Japonês: "私の家" (watashi no ie).
Partículas que indicam o objeto: Partículas que indicam o objeto são usadas, como 'eul/reul'.
Coreano: "ler um livro", Japonês: "本を読む" (hon o yomu).
Uso de partículas com pronomes: No caso de pronomes, partículas são usadas junto com eles, assim como com substantivos, para esclarecer o significado da frase. Coreano: "isso", Japonês: "それを" (sore o).
Seleção de partículas apropriadas de acordo com o contexto: A seleção de partículas é feita de acordo com o contexto para tornar o significado mais específico. Coreano: "amanhã", Japonês: "明日に" (ashita ni).
Partículas que indicam sujeito, objeto e complemento: Partículas são usadas para indicar cada papel.
Coreano: "Eu como uma maçã", Japonês: "私はりんごを食べる" (watashi wa ringo o taberu).
Partículas que indicam localização ou direção: Partículas como 'de', 'em', 'para' são usadas para expressar localização ou direção. Coreano: "para casa", Japonês: "家へ" (ie e).
Partículas que indicam quantidade: Partículas que indicam quantidade são usadas, como 'unidade', 'animal'.
Coreano: "dois livros", Japonês: "二冊の本" (nisatsu no hon).
Partículas que modificam advérbios e verbos: Modifica advérbios e verbos para complementar o significado da frase.
Partículas que indicam ou enfatizam um objeto específico: Existem partículas como 'apenas' que indicam ou enfatizam um objeto específico. Coreano: "apenas isso", Japonês: "これだけ" (kore dake).
Partículas que indicam perguntas: Partículas específicas são usadas para indicar frases interrogativas.
Como visto acima, o coreano e o japonês possuem muitas similaridades no uso de partículas de acordo com os morfemas, o que pode ser explicado pela influência mútua dos contextos linguísticos e culturais dos dois países.
Ⅲ Conclusão
Através desta pesquisa, percebi que existem muitas similaridades entre o coreano, o japonês e até mesmo o chinês. Todos usam caracteres chineses, a ordem básica das frases em coreano e japonês é a mesma, e há pontos em comum na similaridade das palavras usadas e no uso de partículas de acordo com os morfemas. Claro, considerando as características geográficas, houve intercâmbio cultural mútuo, o que significa movimento populacional, e deve ter havido o desejo de abrir novos territórios através de interesses mútuos ou cálculos políticos. Portanto, concordo que o coreano e o japonês têm muitas similaridades, mas acredito que ainda há falta de evidências razoáveis para concluir que a origem do japonês é o coreano. No entanto, esta pesquisa nos mostra que é necessário considerar a possibilidade de rotas de migração na Ásia, e devemos reconhecer que, mesmo assim, podemos chegar a conclusões diferentes das da Europa ou da África em termos de similaridade linguística.
[Referências]
2004) Você é coreano? (あなた(あなた)は韓国人!). Autores Kiyoshí Shimizu et al. Seishin Sekai-sha